Mais um livro da série Para Entender o Racismo e o Antirracismo.
Buscar aprofundar-se sobre o tema no Brasil pode ser uma tarefa árdua sem minimamente um guia ou orientação básica.
O tema raça e negro, passam ao largo da educação oficial brasileira. A série busca auxiliar na democratização, inspiração e disseminação do conhecimento.
O livro de hoje, Negros e Brancos em São Paulo: 1888 – 1988, de George Reid Andrews é leitura obrigatória para todos aqueles que querem entender como se desenvolve o tema raça e mercado de trabalho, principalmente em São Paulo.
Um livro difícil de ser encontrado e com um preço elevado, mas que vale a pena não só a busca como o valor.
George Reid Andrews apresenta a primeira história totalmente documentada da desigualdade racial brasileira, desde a abolição até o final da década de 1980.
Na medida em que mostra como as mudanças econômicas sociais e políticas, ocorridas no Brasil nos últimos cem anos, moldaram as relações raciais, contribui para alterar a imagem de “democracia racial” de que nosso país desfrutou durante grande parte do século XX
Não existe no Brasil nenhuma lei de segregação ou apartheid, mas Andrews – a partir das transformações ocorridas em São Paulo – acompanha no tempo a profunda discriminação contra os afro-brasileiros.
No decorrer do processo de transição, de uma economia baseada na agricultura, para a maior sociedade urbana e industrializada da América do Sul, as relações raciais foram afetadas e suas evidências largamente apontadas pelo autor.
O livro concentra-se, num primeiro momento, nas dificuldades encontradas pelos afro-brasileiros para ingressar na classe trabalhadora agrícola e urbana, após a abolição. O liberto enfrenta, no mercado de trabalho, a concorrência do imigrante europeu, privilegiado pelas políticas estatais.
No final da década de 1920, com o declínio da imigração, a mão-de-obra negra começa a ser empregada na agricultura e indústria em termos de quase igualdade com a branca.
Com extrema habilidade, Andrews examina os esforços dos negros para ascender à classe média, as dificuldades impostas pelos brancos da classe média que, numa solidariedade racial informal, tendeu a excluir o afro-brasileiros das profissões liberais e de outros empregos de colarinho branco.
O livro geralmente esta esgotado, mas encontramos alguns volumes na Estante Virtual, acesse clicando aqui: Negros e brancos em São Paulo
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