Ao contrário do que foi propagado por décadas nos contos de fada da Disney e afins, princesas negras existem e são mulheres essenciais para a história da humanidade. Criativas e diversas vezes ativistas e humanitárias, muitas representantes pretas da realeza foram negligenciadas pela preservação da memória ocidental, mas precisam ser lembradas e exaltadas no mês da Consciência Negra e em todos os outros.
– Série fotográfica imagina princesas da Disney como mulheres negras
Profissional da saúde, Omo-Oba Adenrele Ademola precisou conciliar o papel de princesa e filha de Alake de Abeokuta, um rei do sul da Nigéria, com o de estudante em um país estrangeiro. Aos 22 anos, ela se mudou para Londres, na Inglaterra, para estudar enfermagem.
Figura significativa na enfermagem da ala de São Salvador no Guy’s Hospital, em Londres, Ademola se tornou “um modelo brilhante para o império”.
Princesa Elizabeth, de Toro, na Uganda
Advogada, atriz, top model, Ministra das Relações Exteriores e Embaixadora da Uganda nos Estados Unidos, Alemanha e Vaticano durante a década de 1960.
A princesa Elizabeth foi também a primeira mulher da África Oriental a ser admitida na Ordem dos Advogados da Inglaterra, escapou do regime do ditador Idi Amin, na Uganda, e cultivou um senso de celebração e de amor por ela e pelo seu país de origem no cenário mundial que vive até hoje, aos 84 anos.
Princesa Esther Kamatari, de Burundi
“Abahuza” significa “aproximar as pessoas”, e o belo sentimento é o nome do partido político liderado pela princesa Esther Kamatari, de Burundi, país do leste da África. Ela cresceu como membra da família real burduniana, mas fugiu para Paris quando seu reino foi violentamente derrubado na década de 1960.
Kamatari viu a moda como uma plataforma para celebrar a inclusão e passou a treinar modelos para um desfile anual de moda intitulado “Cultura e Criação”, que continua a reunir talentos de design de 40 países.
Princesa Omoba Aina, da África Ocidental
A história da princesa africana é uma história de resiliência diante da opressão colonizadora e imperialista, que nada tem a ver com gentileza da realeza britânica. Inclusive, como ressalta o site “Messy Nessy Chic”, temos sorte de ter Omoba Aina documentada.
Princesa Ariana Austin, da Etiópia
Além da graduação, Ariana tem mestrado em Educação Artística e Escrita Criativa pela Universidade de Harvard. Ela também fundou e dirigiu o Art All Night, um festival noturno de artes em Washington, D.C, e atua como Embaixadora da Boa Vontade de Amigos da Guiana.
Junto ao o marido, Ariana também produz documentários e filmes com foco na diáspora africana e alimenta frequentemente o próprio Instagram (@arimakonnen).
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